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quarta-feira, 8 de julho de 2015

(Resenha) O mago - A incrível história de Paulo Coelho - Fernando Morais

O magoTítulo: O mago - A incrível história de Paulo Coelho

Autor: Fernando Morais

Ano: 2015

Páginas: 624

Editora: Novas Páginas




Sinopse: Sem medo da polêmica, O Mago desnuda o passado de um homem que viveu intensamente os seus anos loucos. Nenhum tema foi proibido e nada foi tratado de maneira superficial: do desbunde em plena onda hippie à conexão com o misticismo, que transformaria a persona do escritor em guru espiritual das massas. Das práticas de satanismo à peregrinação pelo caminho de Santiago de Compostela. Da Sociedade Alternativa à vida de celebridade pop. Das acusações de plágio à consagração em países tão distantes quanto Rússia e Arábia Saudita.
Nessa devassa consentida, Paulo Coelho entregou seus 170 diários e um baú de relíquias ao genial jornalista investigativo Fernando Morais, que traçou um retrato preciso e impressionante do maior fenômeno literário já visto no Brasil. Paulo Coelho é o autor mais vendido da língua portuguesa de todos os tempos. Foram mais de 150 milhões de exemplares em mais de 150 países. Seus livros foram traduzidos para nada menos que 66 idiomas.
Sobre a natureza chocante das revelações, o biografado revelaria, tempos depois: Com a leitura de O Mago consegui dormir em paz pela primeira vez em muitos anos. Se a exposição frenética de tragédias e fraquezas pode parecer agressiva para muitos, para Paulo Coelho foi libertadora.



*** 





Temos nesta obra um relato da trajetória da vida do Paulo Coelho. Como ele passou por cada etapa até se tornar o fenômeno mundial em venda de livros.

Paulo tinha uma ideia fixa: se tornar um escritor. Mas não apenas um mero escritor. Ele queria chegar ao topo. Ser reconhecido nos 4 cantos do Planeta. E conseguiu.

Através de seus diários ele transmitiu a sua essência. Seus pensamentos, suas ações, seus desejos, suas alegrias, suas tristezas, suas mágoas, suas feridas, seus traumas, suas fraquezas, seus sonhos, suas derrotas, suas vitórias, enfim, desnudou a sua alma.

Paulo foi um menino problemático que não sabia lidar consigo mesmo. Teve vários momentos de crise pois o que ele guardava dentro de si (só revelando para os diários) queria vir a tona e se mostrar ao mundo. Nestas ocasiões se tornava completamente descontrolado. Foi internado num sanatório por 3 vezes, inclusive passando pelo tratamento de choque.

Se deixou levar pelas drogas, experimentou várias, e foi acumulando mais vícios para a sua vida como o sexo desregrado.

Passou a cultuar o satanismo acreditando que seria recompensado com a fama e levou alguns amigos pelo mesmo caminho.

Porém quando o ser das Trevas resolveu lhe fazer uma visita que quase o levou a morte, Paulo viu que era a hora de mudar e seguir por outro caminho.

Assim começou sua peregrinação rumo a espiritualidade.

Paulo foi privilegiado por ter em sua vida 3 pessoas especiais. O seu guia espiritual Jean, sua agente Mônica Antunes e sua esposa Christina Oiticica (acredito que a trajetória da Mônica também daria uma excelente obra pois pelo pouco que pudemos conhecer aqui ela é um grande exemplo de mulher e profissional).

Foi a união do Paulo com os 3 que criou a base da pirâmide da sua evolução e do seu sucesso. Sem eles o Mago não existiria.

O Paulo trilhou um caminho muito perigoso. Foi como andar numa corda bamba sobre um precipício tendo como único ponto de apoio o próprio corpo. Em vários momentos ele ficou pendurado com as duas mãos, em outros com apenas uma. E foi a visão do abismo negro que o fez ter a coragem de ir em direção a Luz.

Os psicólogos comprovaram que a maneira de se identificar um psicopata é a forma como ele lida com os animais. Paulo foi um garoto muito cruel neste quesito. Ainda bem que passou por esta transformação e evoluiu espiritualmente pois do contrário estaria morto ou preso por matar alguém. Espero que também já tenho desistido de ser fã da maior barbárie contra os animais: as touradas.

Muitas pessoas se perguntam o por que deste fenômeno vender tanto. Um dos motivos é que suas histórias não são apenas histórias criadas em sua mente. São relatos de fatos que aconteceram na sua vida. Assim o leitor acaba por se identificar com os acontecimentos e para refletir sobre as mensagens e lições que estão contidas naquela obra. A realidade mesmo que disfarçada de ficção é capaz de tocar a alma de quem está lendo aquelas linhas.

O Fernando transmitiu de forma educativa não apenas os momentos da vida do Paulo mas também os acontecimentos políticos pelo qual o país passou naquele período. Além de incluir fotos, o que deu mais vida a obra.

Porém uma coisa que me incomodou foi o fato de classificar tudo referente ao ocultismo e ao misticismo como sendo obra do demônio. Pelo que se pode entender com a sua maneira de falar qualquer pessoa que goste de astrologia, que se consulte com o milenar I Ching ou que esteja conectado com as forças da natureza está na verdade rendendo oferendas para o Satã. Foi esta a impressão que tive ao ler repetidas vezes que as práticas de magia do Paulo eram obras satânicas.

O Paulo continua envolvido com o ocultismo, o misticismo e a magia (tanto que é um Mago) e nem por isso está adorando o ser das Trevas.

Faltou aqui um pouco de cuidado ao lidar com este tema pois falar sobre religião ou crenças religiosas é pisar literalmente em areia movediça.

Esta com toda a certeza é uma obra indispensável para os fãs do Paulo. E para os que não são fica o relato da vida de diamante. Ele estava totalmente no estado bruto. Tinha acabado de ser retirado da mina e passou por todos os processos de lapidação até se transformar na joia rara que refleti a Luz do seu interior para o mundo.

Este é o Paulo Coelho, um Mago, não por ter o dom de usar a magia a seu favor mas por ter tido a coragem de se transmutar. Sua evolução nos mostra que todos ser que assim o desejar também poderá chegar a este patamar basta apenas dar o primeiro passo e persistir mesmo diante de toda a dor e sofrimento que encontrará pelo caminho.



***


Vou deixar aqui os significados para que possam entender melhor (todos foram retirados do site Wikipedia):

Ocultismo (da palavra em latim occultus: "clandestino, escondido, secreto") é "o conhecimento do oculto". No uso comum da língua inglesa, oculto refere-se ao "conhecimento do paranormal", em oposição ao "conhecimento do mensurável", geralmente referido como ciência. O termo é por vezes entendido como conhecimento do que "destina-se apenas a certas pessoas" ou que "deve ser mantido escondido", mas para a maioria dos praticantes ocultistas é simplesmente o estudo de uma realidade espiritual mais profunda que se estende além da razão pura e das ciências físicas. Os termos esotéricos e arcano têm significados muito semelhantes, e os três termos são intercambiáveis.
Ele também descreve um número de organizações mágicas ou ordens, os ensinamentos e práticas ministradas por eles, e em grande parte da literatura atual e histórica e a filosofia espiritual relacionada a este assunto.

Misticismo (do grego μυστικός, transliterado mystikos, "um iniciado em uma religião de mistérios") é a busca da comunhão com uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.
No livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos" , o misticismo se define como um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus, ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" é chamado um "místico". Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.
"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo etc. (Lewis, Ralph M)".

O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas, sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confúcio à sua edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas I: o ideograma I é traduzido de muitas formas, e no século XX ficou conhecido no ocidente como "mudança" ou "mutação".
O "I Ching" pode ser compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria. Na própria China, é alvo do estudo diferenciado realizado por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta.




Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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