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segunda-feira, 13 de julho de 2015

(Resenha) Primeiro e Único - Emily Giffin

Primeiro e ÚnicoTítulo: Primeiro e Único

Autora: Emily Giffin

Ano: 2015

Páginas: 448

Editora: Novo Conceito




Sinopse: Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amiga, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.
Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.
A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.




*** 




Shea respira futebol americano 24hs por dia. A sua vida gira em torno deste esporte. E como o seu círculo de amizades está diretamente ligado não poderia se envolver com pessoas “normais”. Seus relacionamentos sempre acabam sendo com algum esportista.

A amizade dela com a Lucy prova que duas pessoas que são o oposto na personalidade podem criar laços mais fortes que os de sangue.

Mesmo sendo filha do treinador do time de futebol Lucy não herdou do pai a paixão pelo esporte. Claro que ela torce pelo time e pelas vitórias mas não com a mesma intensidade que a Shea faz.

No decorrer da história Shea vai aprendendo a identificar os seus sentimentos. Ela termina um relacionamento. Começa outro mas não está completamente feliz pois falta algo.

Quando ela descobre o que está faltando vai atrás de uma confirmação. Ao constatar que o sentimento não está restrito apenas a si mesma passa a se questionar sobre suas escolhas.

Para que possa viver este amor irá inevitavelmente fazer outras pessoas sofrerem pois essas pessoas não aceitam a sua relação com o seu par perfeito.

As questões levantadas com esta leitura nos faz refletir sobre o que é realmente importante: sermos felizes ou fazermos os outros felizes? Devo abrir mão de amar quem meu coração escolheu só porque as pessoas não concordam com a minha decisão?

Isso não quer dizer que é certo sair virando as vidas das outras pessoas pelo avesso porque decidimos ir atrás da realização deste amor. Tudo tem que ser feito tentando causar o menor estrago possível. Mas se for absolutamente impossível não ferir que seja por uma questão verdeira e não um simples capricho.

No caso da Shea este abalo foi grande. Até mesmo chegou a colocar a amizade dela com a Lucy em xeque (eu teria tido uma atitude bem mais drástica. Não aceito esta história de ou ele ou eu).

Acredito que a relação mal iniciada e mal acabada dos pais teve um efeito muito profundo na maneira como a Shea vivia.

Ela se envolvia com os caras sem estar 100% na relação. Faltava a confiança e a liberdade do sentimento.

Mas quando veio esta certeza não houve como segurar. Foi um arremesso perfeito.

Esta história tem como base o futebol americano mas pode ser adaptada para qualquer tipo de esporte. Ela não é exclusiva. O que a autora quis mostrar foi a paixão que os americanos têm pelo esporte. Assim com os brasileiros são fissurados por futebol.

Porém isso não impede a leitura por parte das pessoas que não gostem do esporte. Eu particularmente o considero o mais violento e brutal de todos mas não senti nenhuma dificuldade em ler a história pois aqui não estava sendo relatada apenas uma partida no campo.

Primeiro e Único vai além, vai mais fundo. Aborda temas polêmicos. Nos mostra que a nossa vida deve estar sempre baseada no amor-próprio.

Nossas escolhas terão consequências não apenas nas nossas vidas mas nas de todos os que convivem conosco.

Não posso deixar meus sonhos engavetados acumulando poeira por não ter coragem de lutar. E não posso abrir mão da minha felicidade por medo da reação das outras pessoas.

Acredito que quem me ama torcerá pela minha felicidade mesmo que não concorde com a minha escolha. E a aceitará.

Acho que este é o grande desafio da vida: aceitar as escolhas do outro.

Estamos tão acostumados a impor nossas vontades que ao nos deparamos com alguém que tem a coragem de escolher por si mesmo nos sentimos no direito de ficarmos magoados.

A vida é muito curta para deixarmos a felicidade escapar. Por mais que isso vá ferir alguém temos que ser egoísta neste momento e nos escolher em primeiro lugar.

Só assim poderemos nos olhar de frente no espelho sem as sombras do arrependimento pelo que poderíamos ter feito e vivido.


Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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